domingo, 7 de dezembro de 2025
A Paz das Coisas Selvagens
Quando o desespero pelo mundo cresce em mim e acordo de madrugada ao menor ruído receoso de como a minha vida e a vida dos meus filhos será, saio e estendo-me lá onde o pato-bravo pousa a sua beleza na água, lá onde a grande garça se alimenta. Entrego-me à paz das coisas selvagens que não sobrecarregam as suas vidas com a antecipação da tristeza. Entrego-me à presença de águas tranquilas. E sinto acima de mim as estrelas ocultadas pelo dia aguardando na sua luz. Por um momento pouso na graça do mundo, e sou livre. Wendell Berrysegunda-feira, 1 de dezembro de 2025
domingo, 30 de novembro de 2025
sábado, 29 de novembro de 2025
Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.
Sophia de Mello Breyner Andresen
in "Poesia I"
sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Subscrever:
Comentários (Atom)




.jpg)
.jpg)
