Nas alturas mais complicadas da minha vida escrevo os melhores capítulos.

Não há passos perdidos.


domingo, 5 de maio de 2024

 Sobre isto de ser mãe,

tive dúvidas sobre se deveria de ser mãe ou não,

acabei por crescer meio sozinha,

a minha mãe foi uma mãe ocupada, esfriada e rigorosa.

Depois de mim veio a minha irmã Isabel, que morreu com meses, mais tarde foi o desgosto do desejado rapaz que não chegou a nascer.

Fui crescendo por ali, por sorte numa terra com muito céu,

entre avós, empregadas, colegas professoras, ou a mãe de alguma amiga,

tive ao longo da vida não um, mas vários modelos de referência de mãe,

que me moldaram como filha emprestada ocasional.


E eu na dúvida, entre ser e não ser, arrisco.

Não me lamentar do que poderia ter sido, essa é a pior das dores.

Fui por isso mãe de duas filhas desejadas,

E sou a mãe possível.

Apesar de,

e neste papel só aprendido sendo, 

o que fizermos e o resultado, só o saberemos muito depois.

Dar conta do recado dos filhos, do trabalho, das casas e dos afins presentes ou ausentes,

não é tarefa que se consiga sem cometer erros.

>E nós??

O que resta da criança que nasceu, 

parida à força,

que tarda em desabrochar, 

da criança que sobreviveu?

sábado, 4 de maio de 2024

Emil Nolde


 

 «Senti o sabor da mortalidade na minha boca e, nesse momento, compreendi que não ia viver para sempre. Demora muito tempo a aprender isso, mas quando finalmente se aprende, tudo muda dentro de nós, nunca mais voltamos a ser os mesmos. Tinha dezassete anos e, de repente, sem a mais pequena sombra de dúvida, compreendi que a minha vida era minha, que me pertencia a mim e a mais ninguém.»

— Paul Auster, in Palácio da Lua

sexta-feira, 3 de maio de 2024

quinta-feira, 2 de maio de 2024

quarta-feira, 1 de maio de 2024


 


 

El día en que Siri conoció a Paul:


«23 de febrero de 1981. Estoy saliendo con J. del recital de poesía y nos detenemos en el vestíbulo de la 92nd Street Y para hablar de los poemas que acabamos de escuchar. Desde donde estoy me fijo en un hombre atractivo que está parado frente a la puerta. Tiene la cara delgada, los ojos enormes y la boca pequeña y delicada; el pelo casi negro y la piel morena clara. Fuma un puro pequeño, y se encorva dentro de su cazadora de cuero y de sus tejanos azules cada vez que se lo lleva a los labios. Me fijo en que tiene los pies bastante grandes, y también me gustan esos pies. En cuestión de segundos lo he abarcado con la mirada y me siento mareada por la atracción. No recuerdo si J. me ve comérmelo con los ojos y me dice que lo conoce, o si yo le pregunto si tiene alguna idea de quién es. «Es Paul Auster –dice–, el poeta». Nos presenta y los tres vamos en taxi al centro. En el asiento trasero Paul habla de George Oppen, el poeta al que acaba de visitar en California. Me gusta su voz, y me gusta la calidez y la ternura que percibo en ella cuando habla de «George». Entonces no lo sabía, pero ahora me pregunto si no me resultaba familiar lo que oía. Mi padre tenía esa cualidad cuando estaba vivo, y entonces lo estaba. Su voz cambiaba de inflexión cuando hablaba de alguien a quien apreciaba. En el taxi ya estoy enamorada, delirante, embelesada, arrebatada, y estoy tratando de disimular. El hombre que tengo al lado no lo está. Lo veo en sus ojos velados, pensativos.
»No le dejo solo ni un instante. En la fiesta solo hablo con él. Hablamos. Hablamos. Paseamos por la calle y hablamos. Nos sentamos en un bar y hablamos. Los ojos hermosos empiezan a enfocar. Me está mirando, me está escuchando. Noto que le gusto.
»Son las primeras horas de la mañana y estamos juntos en West Broadway. Estoy muy cerca de él, mirándolo a la cara, pero ahora, después de horas y horas de hablar, no tengo nada que decir. Es tarde. La velada se ha acabado, y volveré a casa y pensaré en él. De pronto él me besa, y es el mejor beso del mundo. Un taxi se para y nos subimos juntos a él.
»Poco después leí sus poemas, sus ensayos y finalmente la primera mitad de La invención de la soledad, «Retrato de un hombre invisible». Para entonces ya había muchos libros dentro de mí, pero estos me sorprendieron por su originalidad. Conocí al hombre antes de leer lo que había escrito, pero si no me hubiera entusiasmado su obra como me entusiasmó, o si él no hubiera admirado mi forma de escribir, las cosas habrían cambiado. Nuestro trabajo ha constituido un componente íntimo de nuestra relación amorosa y de nuestros veintitrés años de matrimonio, pero lo que leí no fue entonces, ni lo es ahora, lo que sé cuando estoy con él. Su obra proviene de ese lugar en su interior que nunca llegaré a conocer».

—Siri Hustvedt

“Se vive solo. Los demás están a nuestro alrededor, pero vivimos solos. A veces conseguimos asomarnos al misterio del otro, penetrar en él, pero es muy poco frecuente. Es el amor, principalmente, el que permite esos encuentros”,

Paul Auster 1947-2024

 


“O mundo é tão imprevisível. As coisas acontecem de repente, inesperadamente. Queremos sentir que estamos no controlo da nossa própria existência. Em alguns aspectos somos, em alguns aspectos não somos. Somos governados pelas forças do acaso e da coincidência.”

Paul Auster

"Ler foi a minha fuga e o meu conforto, o meu consolo, o meu estimulante de escolha: ler pelo puro prazer, pela bela quietude que te rodeia quando ouves as palavras de um autor reverberação na tua cabeça.”

Paul Auster

Tenho a impressão de que ando em círculos, que vou em várias direções ao mesmo tempo. Mesmo quando consigo seguir em frente, não tenho certeza se estou indo na direção certa. Apenas vagar pelo deserto não significa que exista uma terra prometida.

Paul Auster

Bruno Walpoth


 

domingo, 28 de abril de 2024

 Regresso,

à minha casa de campo,

embora nunca se regresse na verdade a nada nem a ninguém.

Regressamos quanto muito a uma casa - abraço

que aqui, no dia de hoje,

ainda foi mais longo.

Falta uma peça importante do galheteiro,

mas ainda existe a Alma,

de quem sempre 

acolheu a minha morada mais intima.

A Maria Betânia a tocar ao longe,

"Sonho meu, sonho meu",

e o melhor cozinheiro que conheço 

a preparar uma salada de tomate, espargos, pepino e pão tostado com queijo azul.

Aqui posso só olhar e apreciar.

Descalça como em casa,

a Felicidade escorre também em lágrimas.




sexta-feira, 26 de abril de 2024

 ... e na minha cabeça hoje tive novamente 17 anos.

Rita ouvi chamar, nem quis acreditar,

mas já não me chamou Mari Rita como me chamava faz décadas atrás.

Um fantasma do passado,

e estava igual, 

sem sinal de deterioração ou desgaste,

como se só eu tivesse envelhecido.

Ele que na altura não me tocou por eu ser tão novinha,

agora era eu a maior de idade, e ele na mesma,

foi o que mais me impressionou.

Mais até do que me ter descoberto na ficha técnica da empresa e me ter procurado,

e eu sentada sozinha num banco da garagem,

num angulo morto para a rua,

naqueles momentos em que estamos longe.

Dizem que quando pensamos ou falamos nas pessoas elas andam rondando por perto,

~~~mesmo sem nos vermos faz anos. 

E tinha falado nele com uma amiga comum fazia dois dias.


Olhei para aquele mau feitio,

recordei, 

as horas gastas, 

as muitas tardes que ia de visita ao atelier, e ficava a olhar para aquelas mãos a desenhar sobre o estirador.

Já nem as achei bonitas.

As muitas caminhadas em que gastámos a calçada de Évora, 

a descobrir o que se olha pela primeira vez.

Agora somos apenas dois estranhos, 

e um passado de oportunidade perdida.

A cigana com quem me cruzei perto do mercado na outra semana foi largando umas,

que agora vinham tempos de sorte, no amor, e no resto.

>Irei ver no resto,

hoje passei no mesmo sitio, tentei nem ver a cigana, mas vi que estava no chão uma lotaria dobrada.

Até agora, 

tudo como dantes no quartel de Abrantes,

é noite de sexta-feira,

estou em casa sozinha,

e as mensagens que apitam são só as promoções do Pingo Doce.


Bem na verdade nem tudo está igual,

nos 17 ele dizia que eu era como as andorinhas, que aparecem a cada Primavera.

nos 50 fui eu quem recebeu a sua visita.


Scott Matthew -- The wonder of falling in love

quinta-feira, 25 de abril de 2024

quarta-feira, 24 de abril de 2024

todos os caminhos vão dar a mim - retrato intimo




Percebo porque renuncio a tudo o que me prende, apesar da solidão que sempre atravessou

esta Alma de Pessoa.

...

para mim, o bem mais caro sempre foi a Liberdade.

E eu sou muitas, Ar e asas em movimento, de visita breve.

Nunca gostei de espaços fechados,  

coisas que apertem,

calças para dormir,

filhos à perna,

amigos dependentes,

mesmo assim tive alguns,

e um marido.

Uma vez solta,

sem horas,

tudo me pesa,

evito atilhos, 

os amores, só se forem arrebatados, 

caso contrário,

tudo são prisões.

Ainda ninguém valeu a minha Liberdade.


segunda-feira, 22 de abril de 2024

James Whistler


 

Só os meus livros me ungem.

e alguns amigos, aqueles que alcançam nas minhas veias. — Anne Sexton

domingo, 21 de abril de 2024

terça-feira, 16 de abril de 2024

"Hay momentos en la vida en que comprendemos que lo absurdo, lo imposible y lo inconcebible son en realidad tan ordinarios como sencillos. De pronto vemos con claridad todo el entramado de la vida: desaparecen entre bastidores personas que creíamos importantes y del fondo en sombras emergen otras de las que no sabíamos nada, pero en cuanto aparecen sabemos que estábamos esperándolas, y ellas a nosotros, en un destino común".

Sándor Márai ("La mujer justa")

John Singer Sargent

                                  as minhas meninas
 

segunda-feira, 15 de abril de 2024

domingo, 14 de abril de 2024

sábado, 13 de abril de 2024

"Los tiempos difíciles me han ayudado a hacerme comprender mejor lo infinitamente rica y maravillosa que es la vida y que muchas cosas que nos preocupan no tienen la más mínima importancia".

Karen Blixen


 

É errado pensar-se que o amor vem do companheirismo prolongado ou do cortejo perseverante. O amor é filho da afinidade espiritual e, a não ser que essa afinidade se crie num dado instante, ela não se criará em anos, nem sequer em gerações.

― Khalil Gibran

No Teu Poema

 Photo by Kurt Markus for Vogue Hommes, Paris 1991



quinta-feira, 11 de abril de 2024

quarta-feira, 10 de abril de 2024

segunda-feira, 8 de abril de 2024

 


Natalia Lafourcade - Soledad y El Mar (En Manos de Los Macorinos) [La Fi...

«[...] Que dos seres humanos se reconozcan no sólo es espléndido; pero es de suma importancia que se reúnan en el momento adecuado y que juntos realicen celebraciones profundas y silenciosas en las que crezcan juntos en el deseo de estar unidos contra las tormentas.

Cuántos seres humanos se han codeado, ignorándose porque no han encontrado tiempo para acostumbrarse. Antes de que dos sean infelices juntos, deben haber sido bendecidos juntos y tener un santo recuerdo común, que mantenga una igual sonrisa en sus labios y una igual nostalgia en sus almas. Entonces se vuelven como niños que han disfrutado juntos de una fiesta de Navidad. Cuando encuentran algunos minutos de respiro en los días largos y pálidos, se sientan juntos y se cuentan con las mejillas encendidas sobre la noche que brilla con luces y olores de abetos.» Rainer María Rilke a Lou Salomé

 podemos servir a nossa fraqueza ou o nosso objectivo. Nunca ambos.

“Escrever é uma forma de terapia; por vezes, pergunto-me como é que todos aqueles que não escrevem, não compõem ou pintam conseguem escapar da loucura, da melancolia, do pânico e medo inerentes à situação humana.“

— Henry GRAHAM GREENE

domingo, 7 de abril de 2024

Minha mãe a dobrar

 Avó,

afinal como vês, mesmo através do retrato, consigo passar a ferro sem me queimar.

Até tenho mãos para isso, dizias que não tinha mãos para trabalhar...com a pele tão fina de bicho da seda. Ainda são suaves, mesmo sem creme, e com os sinais da idade.

Hoje farias anos,

já não beberemos o teu café, nem há velas com bolo,

mas beberei um vinho a pensar em ti.

Poderia imitar a omolete, mas não,

os ovos do campo estão escassos, morreram as galinhas e as donas.

As costelinhas de borrego também nunca mais as vi. E eu não entro num talho.

Mesmo assim, o dia está bonito.

Abril a abrir.

A tua filha agora tem a tua cara, não tão fofinha é certo, nem cheira a sabonete.


As ruas estão desertas, com as portas e os postigos fechados.

Eu te preguntava porque suspiravas tanto,

já sei a resposta.

Será a vida uma ilusão como dizias?



Goya


 

NUNO JÚDICE, in POESIA REUNIDA (D. Quixote, 2000)

POEMA Parte: como se tivesses de ser esquecida, deixando atrás uma imagem de sombra. Não leves contigo as palavras que trocámos, como cartas, num instante de despedida; mas não te esqueças da luz da tarde que os teus olhos abrigaram. Por vezes, lembrar-me-ei de ti. É como se ao voltar-me, ainda me esperasses, sem um sorriso, para me dizeres que o tempo tudo resolve. Não te ouço; e, ao aproximar-me de teus braços, vejo-te desaparecer. Mais tarde, penso, isto fará parte de um poema; mas tu insististe. O amor chama-nos, de dentro da vida; obriga-nos a renunciar à imobilidade da alma, a sacrificar o corpo a um desejo de memória.


 

"Quanto mais você falha, mais você consegue. Só quando tudo se perde e - em vez de desistir - se continua, é que se experimenta a perspectiva momentânea de algum progresso. De repente você tem a sensação - seja uma ilusão ou não - de que algo novo se abriu. ”

Alberto Giacometti

Tsabropoulos: Trois morceaux après des hymnes byzantins - II

Giacometti


 

sábado, 6 de abril de 2024

terça-feira, 2 de abril de 2024

Havia uma lua de prata e sangue

em cada mão.
Era Abril.
Havia um vento
que empurrava o nosso olhar
e um momento de água clara a escorrer
pelo rosto das mães cansadas.
Era Abril
que descia aos tropeções
pelas ladeiras da cidade.
Abril
tingindo de perfume os hospitais
e colando um verso branco em cada farda.
Era Abril
o mês imprescindível que trazia
um sonho de bagos de romã
e o ar
a saber a framboesas. (...)

José Fanha, in "Tempo azul"

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Hay un tipo especial de persona en este mundo que a menudo es incomprendida. Suelen ser solitarias y al mismo tiempo apegadas, espíritus libres, amantes inocentes.

Son las almas antiguas, los soñadores, tan intuitivos de las emociones que nos asustan. Nos asustan no por lo que son, sino por lo que no somos, por lo que nos falta. Ya que las almas antiguas alcanzan profundidades que no podemos comprender. La claridad con la que ven las cosas es inusual. A menudo nos sentimos inferiores, como si tuviéramos que esforzarnos para estar remotamente cerca de su nivel, para ser dignos de su amor. Se necesita una persona segura de sí misma para amar a un alma antigua. Pero vale la pena. Románticos, leales, nos ayudan a crecer, no son materialistas, entienden las conexiones profundas de la vida, son agradecidos, son ejemplos de fe y valentía. Recorren los caminos más dolorosos de esta vida y sin embargo de alguna manera, tienen el valor para sonreír, para ser desinteresados, para apoyar a los demás. Amar a un alma antigua y ser amado por ella es un regalo del universo.

domingo, 31 de março de 2024

     SÁBADO, 3 DE ABRIL DE 2021

Mesa para um
co·mu·nhão
(latim communio, -onis, comunidade, participação mútua, associação, carácter comum, conformidade)
Em tempos de separação de gentes a comunhão é cada vez mais rara.
De qualquer modo, somos seres Uno, singulares e nas coisas difíceis e importantes estamos sozinhos.
Nas decisões profundas também.
Numa Páscoa passada faz mais de uma década, assinei a desunião sacramental de uma prometida comunhão.
Deixei de acreditar na indissolúvel união entre dois seres.
E o cálice, ficou único à mesa. O que não me impediu de ter já uma considerável coleção de rolhas.
A Páscoa deixou-me sempre um sabor de amêndoa amarga.
Mesmo antes,
quando era os sacos de amêndoas coloridas das mãos da minha querida avó Pura, o último não consegui abrir e ainda jazem desbotadas numa caixa de recordações,
ou o encontro de almoço de família nos campos do Alentejo, Barrancos fresco branco florido e verde, um dos quais correu mal numa brusca tentativa infrutífera na separação de amor entre primos,
mais tarde, era os ovos coloridos que escondia para os sobrinhos na quinta do Norte.
Agora sem campos, quintas ou família, resta o cálice, sem par.
Vale é que tenho uma mesa de madeira antiga no caso de.
E que mesmo sem estarem presentes, como com todos à mesa.
Tenho conversa até para quem não está.
Quem pede, já não pede pão.
Pede um borreguinho, ouvi hoje em queixume.
- Oh Senhor, tomara eu ter para os ovos!
Resumidos estamos, em redução a comunhão virtual, é a ementa.
E a caça aos ovos virou a caça à multa.
Como nos pedem a partilha?
Todas as rea

"Se quiseres conhecer uma pessoa,

não lhe perguntes o que pensa,
mas sim o que ama."
Santo Agostinho

domingo, 24 de março de 2024


 

No dia que a criança percebe que todos os adultos são imperfeitos, torna-se um adolescente; no dia que perdoa, torna-se um adulto; e no dia que perdoa a si mesmo, torna-se sábio.

~Alden Nowlan

sexta-feira, 22 de março de 2024

Times Square - Angela McCluskey

Sem salas de espera, nem confirmações

Homem ao chão, ou boneco ao chão.

E já ninguém o salva.

Nem venham com as flores desmaiadas.

Tempos desfocados. Sem urgências nem imediatos. 

Tempos do penso rápido. Do ok está bem bom.

Da carta sem baralho. Nem mãos.

Das rosas podres sobre a mesa, e o jarro ao lado, pleno de água.

Encharcadas? Ou mortas à sede?

Como quereis que as entenda, se nem a mim.

Mas sei o bem que me faria.



Love Is Stronger Than Death

Lullaby by Angela McCluskey

Message


 

quinta-feira, 21 de março de 2024

terça-feira, 19 de março de 2024

Pai


 O amor não é a semente...

O amor é o semear.
Mia Couto

segunda-feira, 18 de março de 2024

“Me atreveré a decirle que no pienso tanto en la vejez. Nunca creí que la edad fuera un criterio. No me sentía particularmente joven hace cincuenta años (cuando tenía veinte, me gustaba mucho la compañía de gente mayor), y no me siento vieja hoy. Mi edad cambia y siempre ha cambiado de hora en hora. En los momentos de cansancio tengo diez siglos; en los momentos de trabajo, cuarenta años; en el jardín, con el perro, tengo la impresión de tener cuatro años."

Marguerite Yourcenar

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