Nas alturas mais complicadas da minha vida escrevo os melhores capítulos.

Não há passos perdidos.


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O mundo existe em cada um de nós e, se souberes procurar e aprender, tens a porta diante de ti e a chave na tua mão.
- J. Krishnamurti

Wolfgang Amadeus Mozart - Clarinet Concerto in A Major

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Orpheu

Dois cavalinhos de baloiço na entrada,
Sons do Brasil enchem a sala...
E sonho, ao reviver o balançar do cavalinho igual ao que em menina tinha.
As paredes forradas de um papel azul com flores e pássaros em cima de ramos de árvores.
As Árvores, essas Mães a que me abraço sempre que enfraqueço e nelas rejuvenesço!



Salomé

Poema escrito num sítio que descobri no Príncipe Real, a saborear um óptimo Gin Tónico!
Orpheu Caffé
Praça do Príncipe Real, 5-A - Lisboa. Fecha às Segundas. Tem Esplanada. Adequado para Crianças.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012


LITERATURA

João Tordo é o convidado de Carlos Vaz Marques do Café com Letras

O escritor João Tordo é o convidado de Carlos Vaz Marques do Café com Letras, de amanhã, às 21h30, na Biblioteca de Oeiras.
Destak | destak@destak.pt
João Tordo nasceu em Lisboa, em 1975, num ambiente familiar vincadamente artístico. Licenciou-se em filosofia e estudou jornalismo em Londres e escrita criativa em Nova Iorque. Enquanto jornalista colaborou com O Independente, Sábado, Jornal de Letras, Elle e Egoísta.
Foi co-autor do guião do filme “Amália, a Voz do Povo” e de séries televisivas como “Pai à Força” e “Liberdade XXI”.
Vencedor do Prémio Jovens Criadores em 2001 viu o seu primeiro romance, “O Livro dos Homens Sem Luz”, ser publicado em 2004 pela editora Temas e Debates. Com o seu terceiro romance, “As Três Vidas”, publicado em 2008 venceu o Prémio José Saramago 2009.
O seu mais recente romance, “Anatomia dos Mártires”, publicado no final de 2011, tem como personagem central um jornalista, o alter-ego do escritor, que persegue o fantasma de Catarina Eufémia. Este é, segundo o próprio autor, o seu romance mais pessoal, tendo o personagem feito o mesmo caminho de descoberta e compreensão sobre Catarina Eufémia.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

«... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.

Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.»

Miguel  Sousa Tavares

Billie Holiday, My Man

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Estes apontamentos acabarão por ser um registo dos meus gostos, dos meus sonhos e do meu Ser.
E uma troca que também recebo dos vossos feedbacks!
Para quem precisar da minha energia, que tenho para dar e vender... deixo o meu contacto.
E todos somos mais fortes do que aquilo que julgamos!
rgarro@sapo.pt
917152906

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Snow Patrol - Chasing Cars

Fernando Pessoa na Gulbenkian


 Fernando Pessoa na Gulbenkian - 9 Fev - 30 Abr

Já se sabia que a exposição "Fernando Pessoa - Plural como o universo" que esteve no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, onde foi vista por mais de 250 mil pessoas, iria viajar para Lisboa em 2012 à boleia do ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal. Agora, sabe-se também que vai ser inaugurada a 9 de Fevereiro na Fundação Calouste Gulbenkian, ali ficando até 30 de Abril. Resultado de uma colaboração entre a Gulbenkian, a Fundação Roberto Marinho e o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo, a exposição tem como leitmotiv "a viagem marítima" e é comissariada por Richard Zenith, especialista na obra do poeta, juntamente com o académico brasileiro Carlos Felipe Moisés.

"Fernando Pessoa - Plural como o universo" é uma exposição interactiva: pretende-se que o visitante tome parte e seja cúmplice, nem que seja só simbolicamente, de um passeio pela vida e pela obra do escritor e dos seus heterónimos, através de textos, imagens e vídeos. Os curadores Richard Zenith e Carlos Felipe Moisés e o cenógrafo Hélio Eichbauer mostraram interesse em que haja em Lisboa uma "maior riqueza de acervo". "Recorrendo à Casa Fernando Pessoa, à Fundação Gulbenkian e à Biblioteca Nacional será possível enriquecer a exposição com mais obras de arte, livros e eventualmente manuscritos", lembrou há tempos ao PÚBLICO Inês Pedrosa, a directora da Casa Fernando Pessoa. Além do catálogo da exposição, será lançado um livro intitulado "Fernando Pessoa: o editor, o escritor e os seus leitores", com um conjunto de 50 depoimentos pedidos a igual número de personalidades portuguesas e estrangeiras que dão conta da sua relação com a obra do poeta.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

The Fray - How To Save A Life

After Work - Cais Sodré

No Cais Sodré... As minhas moradas agora já não tão secretas!

Para entrada - British Bar
Para cena ligeira - Café Tati - nas traseiras do Mercado da Ribeira
Para um copo - O Bar da Velha Senhora
Para a Sobremesa pecaminosa - Pensão Amor!...

Anouar Brahem - The astounding eyes of Rita / أنــور ابـراهــيــم

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Meu Pecado da Gula

Para pecar que seja a valer, e hoje pequei com 3 doses de um coktail delicia - mascarpone, framboesas e cereias que descobri faz poucos dias num desses Fast Food - versão saudável! : (
Mas estava necessitada.... Assim 3 bombas calóricas, uma para o almoço, outra ao lanche e para alegrar ainda mais a noite, outra depois do jantar! Sem emenda!


Salomé

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Duas Propostas

. Começa hoje a ILUSTRARTE 2012 - V Bienal Internacional de Ilustração para a Infância
13 Jan - 8 Abr no Museu da Electricidade, de Ter - Dom, 10h -18h Entrada Livre



. Workshop de Imagem Pessoal- para quem precisa de mudar ou realçar a beleza que tem e não a sabe usar!
28 Jan - Sáb - 14.30h - 17h30 .Clinica Especialdente - R. D. Filipa de Lencatre,27 A
Custo - 40 € e possibilidade de preços ainda mais especiais....
Informações e Inscrições - http://www.especialdente.com/#!__bemestar/vstc26=contacto

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ennio Morricone - Lolita (love theme & finale)

CINEMA PARADISO - LAST SCENE - FINAL


"No caminéis con la cabeza baja; es necesario levantar los ojos para ver el camino!"
 Robert de Lamennais, escritor y filósofo francés (1782-1854)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Fora do Tempo - Pedro Rolo Duarte


Tenho uma estranha tendência para ler os livros fora do momento em que é suposto serem lidos – ou seja, quando são lançados. Tenho livros à espera há quatro, cinco, dez anos. Alguns nunca vão ter vez – e espero que isso não os entristeça demais. Se lhes servir de consolo, tenho um filho que lê mais do que alguma vez eu li na vida, por isso provavelmente ele os encontrará mesmo que eu deles me desencontre para sempre.
Livros são como pessoas, e os desencontros podem sair caros. Mas justamente por serem como pessoas, livros estão sujeitos ao desencontro, à teoria do caos, ao acaso, à sincronicidade, conforme nos dê jeito. Ou seja verdade. Acredito que os acasos são propositados, o que quer que isto possa querer dizer...
Tudo isto para dizer que li agora, só agora, “Intimidade”, de Hanif Kureish, que comprei ou me ofereceram em 1998. O livro não teve culpa – estava arrumadinho no seu lugar, entre as obras cujos autores têm nomes que começam por “H”, e peguei nele ao acaso. Li assim: “as palavras são acções e podem fazer com que aconteçam coisas. Depois de ditas não se podem mais recuperar”.
Gostei da ideia e, ainda de pé, li algumas páginas mais. Fui sublinhando bocados, porque o livro é em si uma soma de aforismos: “O amor é um trabalho obscuro: temos que sujar as mãos. Se nos retraímos, nada de interessante acontece”.
Confesso, porém, que desta vez me entristeceu chegar agora a esta “Intimidade” – parece que chega fora de tempo, sinto que me fez falta há mais anos, noutra altura.
Não é a primeira vez que me acontece – mas gostava de partilhar esta ideia trágica do tempo a passar. Porque vivemos a guardar-nos para um tempo qualquer: o tempo em que vamos ter tempo para a casa de férias, o tempo em que vamos por fim fazer a viagem sonhada, o tempo em que vamos “por a leitura em dia”, frase típica de inquérito de jornal no Verão. O tempo parece que vem sempre a seguir.
Só que o tempo passa. E quando passa, passam com ele os tempos em que devíamos ler, por exemplo, algo assim: “Fazemos asneiras, somos desencaminhados, perdemo-nos. Se pudéssemos ver os nossos percursos retorcidos como uma espécie de experiência, sem desejar uma segurança impossível – nada de interessante acontece sem ousadia – talvez pudesse ser alcançada qualquer espécie de apaziguamento. Claro que podemos fazer experiências com a nossa própria vida. Mas talvez não o devêssemos fazer com a vida dos outros”.
Queria ter lido isto há uns anos. Teria sido útil. Li agora, e serve-me “de menos”. Mas a maior estupidez da juventude e dos anos pré-trinta é mesmo essa: a ilusão do “tempo para tudo”. O tempo que se pode gastar, ou usar, ou passar, ou “tipo viver”, como dizem os nossos filhos. Eles não sabem, mas...
... Esqueçam lá isso. Não vai haver. Vivam já. Aproveitem já. Gozem agora. Não usem a crise como pretexto para adiar, nem a miséria como desculpa para não arriscar.
Se eu tivesse lido “Intimidade” em 1998 (e agora que releio a crónica acho que li bocados, mas não todo...) presumo que a minha vida teria sido outra. Pode ser que, por ler agora, tenha pela frente uma belíssima estrada de algodão macio. Mas talvez devesse ter seguido a lógica das coisas. Ler livros quando são lançados. Cometer loucuras quando me podia desculpar com a idade. Arriscar quando parecia não haver amanhã.
Teria sido tudo mais fácil. E a palavra vergonha ganharia uma outra dimensão. Mais ajustada e própria. Como se quer, quando se quer ter a idade que se tem. É verdade: quando nos sentimos fora de tempo, estamos fora de tudo.


Pedro Rolo Duarte
" O prazer é o nutriente da alma !"

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Espera


Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.

Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.



Eugénio de Andrade