O Passeio de Lisboa
Subo o Chiado, sinto o Fado e o burburinho da rua…
Sábado em Lisboa,onde ir?
Chiado, mas este não é o passeio dos tristes, é dos alegres!
No Chiado, Lisboa desabrochou e viveu os seus melhores anos de tertúlias e agitação,na década de 90 foi renovado por Siza Vieira, reinventou-se e está vivo, mas permanece a atmosfera de Séc. XIX.
Hoje já não há castanhas, vieram morangos, e a vendedora apregoa : - Frescos e Bons!!
Olho a montra da Luvaria Ulisses que desde 1925 expõe luvas perfeitas para qualquer mão, num espaço demasiado pequeno mas autêntico.
E passo na feira dos alfarrabistas, nas lojas de montras chiques, as menos chiques, vejo os artistas de rua, o café-concerto,…
Espreito a Vida Portuguesa, a loja da memória de qualquer português, e almoço ao lado, no menos nacional café da zona, que por ser estrangeiro não tem receio de se mostrar, e deixa entrar toda a luz de Lisboa, pelas rasgadas janelas.
Converso com a D. Clementina que veio de Barcelos atrás do seu homem e ficou de vez, agora gasta as horas a ver quem passa e mete conversa com todos a contar as suas desgraças.
De olhos e alma bem abertos prossigo o passeio…
E no silêncio das travessas revejo Pessoa, respiro Teatros, oiço Óperas, vejo ao longe o rio e cada esquina cheira a Saudade.
Desço a calçada escorregadia em equilibro para não cair, neste passeio onde o elegante, o moderno, o novo e o velho se encontram, se mostram e se misturam todos.
Vou à Merendinha, falo com o dono, o Sr. Artur Costa, que queixoso do negócio vende a 0.90€ a melhor limonada de Lisboa, desde 1936 na Rua Nova do Almada numa tasca bem velhinha.
E volto a subir para me sentar nas escadinhas da Igreja, como mais uma aluna de artes, eles desenham eu observo quem passa.
As esplanadas estão cheias, com meninas da moda, turistas e a nova vaga de homens demasiado perfeitos.
Os mais tradicionais ficam sentados dentro dos cafés, e comem croissant com meia de leite.
Os mais alternativos estão juntos em grupinhos, encostados às paredes.
Soam acordes de guitarra, misturados com cânticos árabes de um pedinte marroquino.
Por cima de nós andorinhas voam de telhado em telhado sem parar, cá em baixo um currupio de pessoas a entrar e a sair de cabeleireiros, livrarias, cafés ou ateliers.
Chega mais um artista de rua, tem o cabelo grande e branco, na cabeça uma máscara de pássaro, toca vários instrumentos artesanais que emitem os sons da natureza, o ritmo é contagiante, é o Claudio Montuori, italiano e sem idade, vale todas as moedas que recebe, embora ele as peça para os pássaros.
Encontro um amigo que não via faz tempo, subimos ao Largo do Carmo para beber chá, nesse antigo palco de revoluções, agora muito animado.
Volto a descer a colina, vou comprar café de saco na Casa Pereira, que cheira a café recém moído.
Tento a sorte, na casa da esquina em frente, e subo ao 28, um dos últimos Eléctricos e a melhor maneira de terminar o passeio.
E o Chiado é esta Lisboa que vivemos, só precisamos de alma grande e bons sapatos!
Salomé
sexta-feira, 23 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Quarta em cheio, chega de cuidar de todos!
Hoje tirei quase o dia todo,de manhã drenagem linfática, de tarde experimentei Biodanza, uma mistura de tudo (ioga,meditação,ritmos variados de música e dança); pelo meio dei banhos,comida e beijinhos e corri para o que mais gosto de fazer..... escrever, começei faz uma semana um Curso de Escrita de Viagens.
Em Maio,29 e 30 - Recycle Yourself - no Hotel do Mar em Sesimbra com a Oficina do Bem Estar
Salomé
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Hoje mais uma passeata com filhos, desta vamos à Quinta Pedagógica dos Olivais. Ontem tinha programado passeio ao Oceanário ver a nova casa do Vasco, mas no Metro entre segurar o carrinho da pequena, e olhar para a outra,quando vi estava na Baixa... fomos então passear pela parte que eu mais gosto de Lisboa, lá sentimos o Fado,vimos velhas lojinhas,comemos gelado(eu só 1 colher-entre o pouco dinheiro e a suposta dieta), e achei graça, agora Lisboa vende morangos em vez de castanhas.
Bem agora tenho de ir, já me puxam por todo o lado e férias, férias são para a professora!
Salomé
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