quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
domingo, 27 de setembro de 2015
sábado, 26 de setembro de 2015
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
A doença é um conflito entre a personalidade e a alma.
A constipação acontece quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
A febre aumenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.
O cancro mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.
E as dores caladas? Como falam no nosso corpo? A doença não é má, ela avisa quando erramos na direcção.
O caminho para a felicidade não é recto, existem curvas chamadas EQUÍVOCOS, existem semáforos chamados AMIGOS, luzes de precaução chamadas FAMÍLIA, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada DECISÃO, um potente motor chamado AMOR, um bom seguro chamado DETERMINAÇÃO, abundante combustível chamado PACIÊNCIA.
Mas principalmente um maravilhoso CONDUTOR chamado INTELIGÊNCIA.
"Quantos anos tenho?
Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.
Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada. E outras vezes é uma ressaca de paz, como o entardecer em uma praia.
Quantos anos tenho? Não preciso de um número para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver minhas ilusões despedaçadas, valem muito mais que isso...
O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto. Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos. Para seguir sem temor pela trilha, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.
Quantos anos tenho? Isso a quem importa? Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto..."
Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.
Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada. E outras vezes é uma ressaca de paz, como o entardecer em uma praia.
Quantos anos tenho? Não preciso de um número para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver minhas ilusões despedaçadas, valem muito mais que isso...
O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto. Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos. Para seguir sem temor pela trilha, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.
Quantos anos tenho? Isso a quem importa? Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto..."
[José Saramago]
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
terça-feira, 22 de setembro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Tudo aquilo que abraças com paixão fica para sempre como parte de ti mesmo. Quanto mais acreditas na felicidade, mais destinado estás a encontrá-la. Sempre que te sentires só, procura ir ter contigo antes de ires ter com qualquer outra pessoa. Em tudo na vida tens sempre uma alternativa, nem que seja apenas provisória. Ama-te sem parar, porque se parares vais morrer por falta de amor. Quando te tornares cruel com os outros, percebe que é porque te cansaste de sê-lo apenas contigo. Quando pensares que sabes muito, vira tudo do avesso para perceberes como ainda sabes tão pouco. Escolhe fazer tudo com paixão, senão nunca irás mostrar quem és, mas unicamente quem te tornaste. Quando quiseres conhecer o verdadeiro carácter de alguém, fala-lhe das tuas fragilidades e, independentemente de tudo, estejas aonde e com quem estiveres, tem sempre em conta que a felicidade é a verdadeira e única condição da tua vida.
domingo, 20 de setembro de 2015
"Gostava dessa espécie de beleza
que podemos surpreender a cada passo,
desvelada pelo acaso numa esquina
de arrabalde; a beleza de uma casa devoluta
que foi toda a infância de alguém,
com visitas ao domingo e tardes no quintal
depois da escola; a beleza crepuscular
de alguns rostos num retrato de família
a preto e branco, ou a de certos hóteis
que conheceram há muito os seus dias de fulgor
e foram perdendo estrelas; a beleza condenada
que nos toma de repente, como um verso
ou o desejo, como um copo que se parte
e dispersa no soalho a frágil luz de um instante.
Gostava de tudo isso que o deixava muito a sós
consigo mesmo, essa espécie de beleza
arruinada
onde a vida encontra o espelho mais fiél."
que podemos surpreender a cada passo,
desvelada pelo acaso numa esquina
de arrabalde; a beleza de uma casa devoluta
que foi toda a infância de alguém,
com visitas ao domingo e tardes no quintal
depois da escola; a beleza crepuscular
de alguns rostos num retrato de família
a preto e branco, ou a de certos hóteis
que conheceram há muito os seus dias de fulgor
e foram perdendo estrelas; a beleza condenada
que nos toma de repente, como um verso
ou o desejo, como um copo que se parte
e dispersa no soalho a frágil luz de um instante.
Gostava de tudo isso que o deixava muito a sós
consigo mesmo, essa espécie de beleza
arruinada
onde a vida encontra o espelho mais fiél."
"Oráculos de Cabeceira"
Rui Pires Cabral
Rui Pires Cabral
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
terça-feira, 15 de setembro de 2015
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
sábado, 12 de setembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
"Love, with very young people, is a heartless business. We drink at that age from thirst, or to get drunk; it is only later in life that we occupy ourselves with the individuality of our wine."
—from "The Old Chevalier" in SEVEN GOTHIC TALES by Isak Dinesen
—from "The Old Chevalier" in SEVEN GOTHIC TALES by Isak Dinesen
sábado, 5 de setembro de 2015
O momento de
Talvez seja o momento de...
Mesmo sem esperança E ele escreve:
nenhum impulso para ti
neste espaço deserto.
Ele perscruta entre as pedras e as sombras.
nada vê. Ignora. Olha.
Que traços são estes,
qual a origem destas palavras nulas?
Ele escreve. O seu desejo é o desejo
de tornar habitável o deserto.
António Ramos Rosa, in "A nuvem sobre a página"
Fotografia de José Cruz
Talvez seja o momento de...
Mesmo sem esperança E ele escreve:
nenhum impulso para ti
neste espaço deserto.
Ele perscruta entre as pedras e as sombras.
nada vê. Ignora. Olha.
Que traços são estes,
qual a origem destas palavras nulas?
Ele escreve. O seu desejo é o desejo
de tornar habitável o deserto.
António Ramos Rosa, in "A nuvem sobre a página"
Fotografia de José Cruz
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
1. Viva para si mesmo, não para o mundo. As pessoas que
não sabem amar a si mesmas buscam constantemente
a aprovação alheia e sofrem quando são rejeitadas. Para
quebrar essa dinâmica, devemos admitir que não podemos
satisfazer a todos.
2. Fuja das comparações. Elas são uma importante causa de
infelicidade. Muita gente tem qualidades e atributos que
você não tem, mas você também possui virtudes que não
estão presentes nos outros. Pare de olhar para os lados e
trabalhe na construção de seu próprio destino.
infelicidade. Muita gente tem qualidades e atributos que
você não tem, mas você também possui virtudes que não
estão presentes nos outros. Pare de olhar para os lados e
trabalhe na construção de seu próprio destino.
3. Não busque a perfeição. Nem nos outros nem em si
mesmo, já que a perfeição não existe. O que existe é uma
grande margem para melhorar.
mesmo, já que a perfeição não existe. O que existe é uma
grande margem para melhorar.
4. Perdoe seus erros. Especialmente os do passado, pois já
não podem ser contornados nem têm qualquer utilidade.
Aprenda com eles, para não repeti-los.
não podem ser contornados nem têm qualquer utilidade.
Aprenda com eles, para não repeti-los.
5. Pare de analisar. Em vez de ficar pensando no que deu
errado, é muito melhor agir, porque isso permite aperfeiçoar
suas qualidades. Movimentar-se é sinal de vida e de
evolução.
errado, é muito melhor agir, porque isso permite aperfeiçoar
suas qualidades. Movimentar-se é sinal de vida e de
evolução.
Todos vamos envelhecer… Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos. O segredo não é reformar por fora. É, acima de tudo, renovar a mobília interior: tirar o pó, dar brilho, trocar o estofado, abrir as janelas, arejar o ambiente. Porque o tempo, invariavelmente, irá corroer o exterior. E, quando ocorrer, o alicerce precisa estar forte para suportar. Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios. Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores. Aprenda: bisturi algum vai dar conta do buraco de uma alma negligenciada anos a fio.
In "Erótica é a alma" Adélia Prado
In "Erótica é a alma" Adélia Prado
terça-feira, 1 de setembro de 2015
A cor da Luz
Uma manhã de Julho no Algarve: foi aqui que Deus testou a cor de luz.
Sempre o eco do título de António Ramos Rosa, algarvio de Faro: "estou vivo e escrevo sol". A luz do Algarve, quando nasce, ensina a respirar, a atravessar as coisas como se fossem antigas de agora.
Falo da luz sob uma figueira velha no Algoz; da pedra vermelha de Silves contra os olhos, a refundar o sangue; da escadaria de Vilalara onde Natércia Freire ouviu escreveu de memória "Presença de Ulisses", dos azuis dos Salgados na raiz das rochas, onde eu quase morri.
Não entendo por isso como pode alguém satisfazer-se com a brevidade do que nos querem vender como sendo hoje o Algarve: mais uma colecção de praias fatiadas por mais repetições de resorts, agrafadas a campos de gole ou centros comerciais. O Algarve antigo e eterno, assassinado todos os dias, ainda existe e se esconde, secreto, no interior, no desértico, no quase imaterial do seu cheiro: essa milenar mistura de luz, alfarrobas, figos secos e laranjeiras, onde parece que Deus testou a ideia da cor.
Sempre o eco do título de António Ramos Rosa, algarvio de Faro: "estou vivo e escrevo sol". A luz do Algarve, quando nasce, ensina a respirar, a atravessar as coisas como se fossem antigas de agora.
Falo da luz sob uma figueira velha no Algoz; da pedra vermelha de Silves contra os olhos, a refundar o sangue; da escadaria de Vilalara onde Natércia Freire ouviu escreveu de memória "Presença de Ulisses", dos azuis dos Salgados na raiz das rochas, onde eu quase morri.
Não entendo por isso como pode alguém satisfazer-se com a brevidade do que nos querem vender como sendo hoje o Algarve: mais uma colecção de praias fatiadas por mais repetições de resorts, agrafadas a campos de gole ou centros comerciais. O Algarve antigo e eterno, assassinado todos os dias, ainda existe e se esconde, secreto, no interior, no desértico, no quase imaterial do seu cheiro: essa milenar mistura de luz, alfarrobas, figos secos e laranjeiras, onde parece que Deus testou a ideia da cor.
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