A Troca
Sentei-me à sombra na porta da cabana junto ao velho ancião. O calor sufocava,o ar estava pesado e a terra vermelha entrava em mim.
Sorri e pouco falava.
Curiosa,espreito o interior da cabana.
O ancião traz-me um chá morno de ervas mágicas e diz-me:
- Estás cansada!
Sorriu e respondo
- Faz muito tempo...
Na despedida,reparo que não tinha nada para lhe oferecer, a não ser o meu lenço verde.
O ancião agradeceu mostrando a boca sem dentes.
Foi buscar uma colher de osso branca e disse
- para te alimentares!
Salomé
sexta-feira, 15 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Sozinha na Savana
Se pudesse ter duas vidas, numa delas queria ter sido Karen Blixen.
Atrás desse rasto fui ao Quénia.
Encontrei a sua casa, os seus objectos, a terra, os caminhos, a paisagem.
Os montes Ngong ao fundo de testemunho.
A sua alma já partiu à muito, mas senti os cheiros, as cores e sensações de que ela tanto falava….
Onde vivi o momento mais especial foi numa reserva, em Masai Mara.
Nessa manhã decidi que queria ficar sozinha, para sentir e apreciar sem distracções, e não ir para mais um safari, para ver crocodilos.
Fiquei sentada horas a fio à porta da tenda, sem me mexer. Imóvel, na ânsia de absorver tudo o que se passava à minha volta, e de sentir África.
E os meus companheiros foram chegando, uma família de Suricatas, aos saltinhos, curiosos iam-se aproximando. Perante a minha imobilidade deixaram-se estar durante muito tempo.
Como ninguém fica no acampamento, as cercas eléctricas são desligadas.
A sorte foi não serem espécies de maior porte e a história seria outra.
Sons da Selva chegavam de todo o lado, misturados e impossíveis de identificar.
Entardecia.
O céu imenso, continha todas as cores africanas, e nós ganhávamos esse brilho de fim de tarde quando tudo fica ainda mais bonito.
Salomé
Se pudesse ter duas vidas, numa delas queria ter sido Karen Blixen.
Atrás desse rasto fui ao Quénia.
Encontrei a sua casa, os seus objectos, a terra, os caminhos, a paisagem.
Os montes Ngong ao fundo de testemunho.
A sua alma já partiu à muito, mas senti os cheiros, as cores e sensações de que ela tanto falava….
Onde vivi o momento mais especial foi numa reserva, em Masai Mara.
Nessa manhã decidi que queria ficar sozinha, para sentir e apreciar sem distracções, e não ir para mais um safari, para ver crocodilos.
Fiquei sentada horas a fio à porta da tenda, sem me mexer. Imóvel, na ânsia de absorver tudo o que se passava à minha volta, e de sentir África.
E os meus companheiros foram chegando, uma família de Suricatas, aos saltinhos, curiosos iam-se aproximando. Perante a minha imobilidade deixaram-se estar durante muito tempo.
Como ninguém fica no acampamento, as cercas eléctricas são desligadas.
A sorte foi não serem espécies de maior porte e a história seria outra.
Sons da Selva chegavam de todo o lado, misturados e impossíveis de identificar.
Entardecia.
O céu imenso, continha todas as cores africanas, e nós ganhávamos esse brilho de fim de tarde quando tudo fica ainda mais bonito.
Salomé
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