Fervemos em qualquer dia
Que nos apeteça
Ou aconteça,
Mas é verão em Lisboa
E o azul é maior do que nós,
Helénico, ...
Imenso toldo que nos cobre as façanhas,
As patranhas,
Os beijos roubados no jardim,
Os peixes a ver,
E a relva que nos aconchega,
Esconde a roupa molhada, na sombra,
Sem disfarçar,
Do quanto me queres,
Do quanto te dás.
A cidade abandonada só para nós,
Disponível,
Enchendo-nos a boca de sede,
A querer mais,
Querer-te mais,
Ter-te mais.
Esquece,
Não digas a ninguém,
Mas amanhã há novamente rio
E tardes devoradas por incêndios
Dos nossos corpos acesos.
Daniel Costa-Lourenço, “Agosto”
Que nos apeteça
Ou aconteça,
Mas é verão em Lisboa
E o azul é maior do que nós,
Helénico, ...
Imenso toldo que nos cobre as façanhas,
As patranhas,
Os beijos roubados no jardim,
Os peixes a ver,
E a relva que nos aconchega,
Esconde a roupa molhada, na sombra,
Sem disfarçar,
Do quanto me queres,
Do quanto te dás.
A cidade abandonada só para nós,
Disponível,
Enchendo-nos a boca de sede,
A querer mais,
Querer-te mais,
Ter-te mais.
Esquece,
Não digas a ninguém,
Mas amanhã há novamente rio
E tardes devoradas por incêndios
Dos nossos corpos acesos.
Daniel Costa-Lourenço, “Agosto”
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