Nas alturas mais complicadas da minha vida escrevo os melhores capítulos.

Não há passos perdidos.


sábado, 1 de junho de 2019

Não me tirem é os poejos!

Encontro no arrebulho do meu frigorífico um raminho perdido de poejos do meu Alentejo.
Fico maravilhada. Já tenho açorda. Compro no dia seguinte a pescada para juntar. Mais um dia para o pão endurecer. Sábado, dia de mercadinho e açorda, vou comprar os coentros, pimento verde e folha de hortelã. Chego a casa cozo a pescada. Abro o Branco fresco no ponto. Descasco os alhos, parto o pão, escalfo os ovos. Frigorífico, mexo, remexo, volto a remexer. Fico passada. Agora foi o meu mau feitio ao ponto. Nunca mandem ninguém limpar o frigorífico. É tarefa apenas de quem cozinha. Para os outros, erva será apenas erva. A apreciação das aromáticas é prazer dos degustadores. Ficou açorda de poejo enfrascado à pressão, dessas de condimento de supermercado. Eu, que até não sou urbano depressiva fiquei. Mas pronto sempre como mais que alface, e açordas que não sabem a açorda. O pata negra cura tudo!
A imagem pode conter: planta, flor, ar livre e natureza

Sem comentários:

Enviar um comentário