"Cuando dos personas que se quieren chocan no se mezclan, se rompen".
André Breton

“A dor só é realmente fecunda quando a amamos, quando a vemos como indispensável à escultura que se está fazendo na nossa alma. […] E há-de haver ainda a gratidão pelos destinos que a concederam a nós e o amor pelos golpes que nos desfere; o que inclui, naturalmente, a compreensão, e o amor também, daqueles de que o destino se serve para despedir as grandes marteladas que vão forjando o metal”

- Agostinho da Silva, Sete Cartas a Um Jovem Filósofo.

Tempo incerto,
Verão tardio
Tarantino atarantado
ALMODÓVAR de glória.
Equações certeiras,
levantando a película impermeável das alminhas desabridas.
Chegarão aragens de desentorpecimento
suficientes para dar toques neste dominó? 

Plasticidade geral sedimentada, tempos vazios, paleta descolorida,... quero ocre, pintas de sienna e ciano.
Tempos desabridos, nem sim nem não.
Nem limbos guerra nem paz
Tempos amorfos
Tempos de ar parado. Estamos todos de castigo?

" A veces escribo de puta
madre.
Y estoy contenta de mí misma
por hacerlo,
por volver a leer lo escrito
y que me guste.

A veces creo que soy
como me gustaría ser.
Exactamente así.

A veces siento
que los que me quieren
me quieren de verdad,
por mí misma,
por mis defectos,
conociéndome
y aún queriéndome.

Y me lo creo todo
y soy feliz
algo así como tres
o cuatro minutos". Mercedes Castro Díaz, Felicidad

"Debo acostumbrarme a que nadie nunca me comprenderá. Este debe ser el destino común de la gente difícil".
León Tolstói

Perdemos repentinamente
a profundidade dos campos
os enigmas singulares
a claridade que juramos
conservar

mas levamos anos
a esquecer alguém
que apenas nos olhou

José Tolentino Mendonça

Realidades que nos saciam

NA TERRA DO DESERTO,
das areias,
do arenito riscável
escrito e inscrito com a unha
lá em cima na serra e nas montanhas
e cá em baixo
entre mar, ria, rios e oceano
ouvido
como risco possível...

CHEIA DE AFLUENTES
humanos nesta e em todas as épocas....

FICA-NOS
o desfrute