Nas alturas mais complicadas da minha vida escrevo os melhores capítulos.

Não há passos perdidos.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Hoje estou aborrecida com a humanidade. Com as suas leis e direitos e ausência de deveres e de responsabilidades e sistemas políticos e crenças e manobras económicas. Mas, sobretudo, com as suas opiniões taxativas, sem questionamento, sem dúvida, sem luz para soluções. Daqui a pouco passa-me, quando esquecer que a humanidade é mais constituída por massas do que por indivíduos pensantes. Quando me esquecer que nenhum homem inteligente pode ser mal-educado, tal como nenhum homem bom pode ser rude. Quando, por utopia, voltar a respeitar a humanidade como um todo. Mas não hoje, hoje só queria encontrar um lugar onde nenhum homem tivesse alguma vez chegado. Um lugar onde só tivesse consciência da minha existência animal e dos limites do meu corpo. Um lugar onde esquecesse emoção e razão, força e palavra. Um lugar onde me sobrasse só o instinto de sobrevivência animal e pudesse, por um momento que fosse, ser inquestionavelmente livre.

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