"Todo o desenho é o resultado de uma deambulação do olhar do pintor e uma vez o desenho mostrado, o espectador deverá descobrir nele os itinerários que o pintor definiu.
Todo o olhar é selectivo. Frente a um conjunto de objectos. de acidentes ou de signos, ele apoia-se sobre os que já conhece.
O acto de ver organiza-se como uma leitura....
O olhar tem uma economia própria; identifica o que a sua experiência conhece e pôe de lado o que reconhece como alheio a esta.
Olhar o desenho é pôr o olhar à escuta das sonoridades de traço, do que ele diz, do que sugere, do que ele cala.
Na posição de escuta há mais disponibilidade, um deixar acontecer, uma postura que exige tempo. Não vai com pressas e é no vagar do espírito com que é olhado que um desenho poderá começar a cantar."
Júlio Pomar
Todo o olhar é selectivo. Frente a um conjunto de objectos. de acidentes ou de signos, ele apoia-se sobre os que já conhece.
O acto de ver organiza-se como uma leitura....
O olhar tem uma economia própria; identifica o que a sua experiência conhece e pôe de lado o que reconhece como alheio a esta.
Olhar o desenho é pôr o olhar à escuta das sonoridades de traço, do que ele diz, do que sugere, do que ele cala.
Na posição de escuta há mais disponibilidade, um deixar acontecer, uma postura que exige tempo. Não vai com pressas e é no vagar do espírito com que é olhado que um desenho poderá começar a cantar."
Júlio Pomar
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