Nas alturas mais complicadas da minha vida escrevo os melhores capítulos.

Não há passos perdidos.


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O mundo anda à roda, mas não assim tanto

Eu que achava tão estranho, ridículo até, a minha avó Alice reutilizar e lavar os sacos de plásticos pequenos e transparentes, e já estou na mesma. Sem ter passado por uma guerra como ela, só cada um sabe que passa as próprias e as alheias.
Mesmo assim por muitas voltas que o mundo ainda dê,
Já deveria saber que certas coisas não mudam, mesmo com as lições estudadas e os resultados à vista.

Não sou pessoa de acatar ordens, digo que sim e faço o que sinto.
Digo os bons dias ou as boas tardes conforme, para mim o relógio é interno.
Sei que não devo mexer em comandos, sejam para o que sejam, carrego nos botões todos.
Nem que irei tomar os comprimidos a horas, mesmo os de extrema necessidade.
Que não vale a pena ter tantos livros de receitas, não sigo nenhuma, nem perguntem como fiz, a comida leva o que houver em casa, por isso única e diferente.
E o que lamento não decorar nomes, porém não esqueço um olhar, e a todos chamo querido.
Que os impossíveis acontecem, e a mim mais, tanto as coisas boas como as más, vivo em lei de Murphy animada.
Já deveria saber que de nada serve andar de babete, se tudo cai onde tiver que cair.
Mesmo eu, tão prevenir e não remediar.
Sim, só ponho o cinto depois do carro em andamento.
E no meu porta-bagagem levo o mundo, in case.
Sei que bebo o café sempre frio, de penálti, porque o esqueço ou não gosto de nenhum, e nunca me lembro de pedir chá.
Atenção aos queridos, pertenço ao club canino, tenho mesmo má relação com gatos, não insistam, quanto muito uns leões.
Não aguento mais convites para Sushis, eu é mais massas. Ou algo não mais do mesmo.
E ainda me perguntam quem és tu?
Na melhor das hipóteses, como sou de apetites, alguém atrás do Lobo.


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