É indiFisico-quiferente, mas não assim tanto
A minha professora de físico-quimica ocupa uma mesa para um num canto à minha frente.
Nem me atrevo a dizer-lhe que já nos cruzámos por várias vezes depois de Évora,
seja na rua da cidade grande, ou ao espelho do ginásio, nos reflexos dos corpos balofos, também eu já menopausica e nua.
Hoje, aqui estamos no restaurante do bairro.
Num acaso de números primos.
Aos Sábados cumpro, só verdes e peixe do mar.
A minha antiga professora olha-me nos olhos, mas só me reconhece na nossa simétrica solidão.
No meio, demasiadas riscas verde alface e quadrados desusados, quando bastaria uma t-shirt preta e um todo terreno.
Da MESA DO LADO, entra nO MEU Ouvido:
- Eu não sou burra!
- Eu não me prostitui!
- 6 anos da minha vida nisto!
Aceno certeira e folgo q.b. perante tamanho desabafo.
Ele não reage.
é um caminho de pedras querida professora.
Não havendo farófias, é só café.
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