Nas alturas mais complicadas da minha vida escrevo os melhores capítulos.

Não há passos perdidos.


terça-feira, 25 de abril de 2023

Vi um Cd com um sofá, pareceu-me conhecido…mas 25 anos depois não identifiquei.

Só nos primeiros acordes,….The Cranberries. E de imediato tudo voltou.

Évora, a Universidade, o meu Opel corsa preto de estofos fogo, que era um todo o terreno… que sabia de cor o caminho de casa, e das Tuborgs e das amarguinhas e da Belica, e da Sofia, e da Rita Madeirense, que estavam sempre por perto. E éramos bravas, e os caminhos estavam todos abertos. E O CHEIRO A CAMPO. E eu tinha novamente 18 anos, encalorados, de 501 rasgadas, e dava biqueiradas com as caneleiras a quem se metesse no caminho. E as noites pegavam com o dia.


O poder da música que nos remete a memórias que já não nos abordam levemente, mas que estão guardadas e que ao abrir são um portal para o passado.

Hoje já sem Dolores, mas Zombies.


Felizes os que viveram. Não há passos perdidos.

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