"Whatever you're meant to do, do it now. The conditions are always impossible.”
Escrevo no que resta das folhas em branco de um caderno de música da Carminho.
A falta, nos define mais que a abundância.
Enquanto cresci, nesse Alentejo, aprendi a respeitar as árvores, o branco e o infinito.
0 relógio hoje parou pelas 5h da tarde.
Oiço os sinos a chamar mas desta vez não é para mim.
Faz 24 anos neste dia eu era a noiva. Chovia, mas nem isso nos salvou.
Ainda assim muitos anos depois do passar das chuvas festejo sempre, em mesa para um.
O céu azul ABERTO brinda comigo. A Ave capelo a entrar-me nos olhos mas sem fazer ninho.
Reencontro o Sebastião da "Viagem" que me convida para outra, sorrimos.
Num mundo em espera.
Fechado.
Ninguém.
Diluir a dor no tempo. Dos que partem, e da vida que em nada é como a conhecíamos.
Sim estou aqui. Eu e os limites. Como se só hoje.
O passo mais atento. NO CAMINHO. Não regresso.
Em linhas paralelas de um caderno de música emprestado.
Peregrina.
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