MORRER DE AMOR
Morrer de amor
... ao pé da tua boca
Desfalecer
à pele
do sorriso
Sufocar
de prazer
com o teu corpo
Trocar tudo por ti
se for preciso
*
Poema manuscrito, por Maria Teresa Horta
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
"A sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém. Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para manter-se sã. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas nos capturar, só se permitirmos.
_______Martha Medeiros - Il. Phyllis Harris
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
Did you know the people that are the strongest are usually the most sensitive?
Did you know the people who exhibit the most kindness are the first to get mistreated? Did you know the one who takes care of others all the time are usually the ones who need it the most?
Did you know the 3 hardest things to say are I love you, I'm sorry, and Help me.
Sometimes just because a person looks happy, you have to look past their smile and see how much pain they may be in.
From the life of Vicente Mais ou Menos de Souza
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
"Quantas pessoas caminham na minha direcção?
Quantas me descobrem por entre a multidão
e pousam os seus olhos? Podia acreditar
que entre elas está o homem que trocaria comigo
os dedos sobre a mesa, uma palavra que fosse gomo de laranja
e poema, o corpo aceso
sob o lençol cansado de mais um dia.
Mas quantos destes rostos de pedra que me cercam
escodem o seu pelas ruas desta tarde? Quantos nomes de acaso e de silêncio
terei eu de escutar para descobrir o seu no meu ouvido? Quantas pessoas
caminham contra mim?"
Maria do Rosário Pedreira
Quantas me descobrem por entre a multidão
e pousam os seus olhos? Podia acreditar
que entre elas está o homem que trocaria comigo
os dedos sobre a mesa, uma palavra que fosse gomo de laranja
e poema, o corpo aceso
sob o lençol cansado de mais um dia.
Mas quantos destes rostos de pedra que me cercam
escodem o seu pelas ruas desta tarde? Quantos nomes de acaso e de silêncio
terei eu de escutar para descobrir o seu no meu ouvido? Quantas pessoas
caminham contra mim?"
Maria do Rosário Pedreira
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
domingo, 20 de janeiro de 2013
sábado, 19 de janeiro de 2013
Coisas que a vida ensina depois dos 40
O Amor não se implora, não se pede não se espera...
O Amor vive-se ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Os animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é a fidelidade.
As crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros para você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de dinheiro.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças àcerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor.
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
Artur da Távola
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
“Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!
Fácil é ouvir a música ...que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
(...)”
Carlos Drummond de Andrade
Fácil é ouvir a música ...que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
(...)”
Carlos Drummond de Andrade
Em Todas as Ruas te Encontro
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
... sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny, in "Pena Capital"
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
... sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny, in "Pena Capital"
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Restaurando Energias.
Quando sentir que seu reservatório energético encontra-se esgotado, abrace uma árvore ou ande descalço por algum tempo, sentindo a energi...a pulsante abaixo dos seus pés. Sinta esta energia entrando dentro do seu corpo e restaurando sua alma e corpo. Em pouco tempo perceberá que estará completamente reenergizado.
Quando sentir que seu reservatório energético encontra-se esgotado, abrace uma árvore ou ande descalço por algum tempo, sentindo a energi...a pulsante abaixo dos seus pés. Sinta esta energia entrando dentro do seu corpo e restaurando sua alma e corpo. Em pouco tempo perceberá que estará completamente reenergizado.
" Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo. Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se. As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
[Fernando Pessoa]
[Fernando Pessoa]
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
domingo, 13 de janeiro de 2013
sábado, 12 de janeiro de 2013
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
"RECADO" de Al Berto, Aniversariante do Dia
desprende-se do teu olhar o magnífico abandono dos animais adormecidos
recordo tuas mãos gretadas pelos sóis oblíquos destes dias
do corpo esquecido jorram espessas resinas
... retenho ainda os mais íntimos desejos de me confundir com a paisagem
ou de viver precariamente no outro lado do seu silêncio enrubescido
uma sombra pernoita nos interstícios das unhas
um desmaio, e da língua escorre uma madrugada de galos estáticos
a memória embaraça-me este caminhar de cão abandonado
reclino-me para cima de teu corpo ausente, isolo-me
na poeira, devagar, o sono vem como um ferimento às pálpebras
o mundo era feito de estiletes de luz, mas já te afastavas
devolvendo-me à vigília minuciosa dos meus gestos
ouviu-se então um grito, ou uma lágrima
falava-te daqui, onde nenhum corpo tem sentido ou se define no tempo
crosta de terra sem esperança, arquipélago de insónia, rectângulo sem sonho
treme-me a voz ao pensar em teu amargo nome
em mim envelheceram muitos países, e todos estes anos de fúria de viver
no entanto, fugirei de casa sempre que for preciso
sem arrependimento, atravessarei o tempo medonho dos objectos que tocaste
e possuirei de novo o fulgor dos teus frescos dezassete anos
(quase noite, amo)
desprende-se do teu olhar o magnífico abandono dos animais adormecidos
recordo tuas mãos gretadas pelos sóis oblíquos destes dias
do corpo esquecido jorram espessas resinas
... retenho ainda os mais íntimos desejos de me confundir com a paisagem
ou de viver precariamente no outro lado do seu silêncio enrubescido
uma sombra pernoita nos interstícios das unhas
um desmaio, e da língua escorre uma madrugada de galos estáticos
a memória embaraça-me este caminhar de cão abandonado
reclino-me para cima de teu corpo ausente, isolo-me
na poeira, devagar, o sono vem como um ferimento às pálpebras
o mundo era feito de estiletes de luz, mas já te afastavas
devolvendo-me à vigília minuciosa dos meus gestos
ouviu-se então um grito, ou uma lágrima
falava-te daqui, onde nenhum corpo tem sentido ou se define no tempo
crosta de terra sem esperança, arquipélago de insónia, rectângulo sem sonho
treme-me a voz ao pensar em teu amargo nome
em mim envelheceram muitos países, e todos estes anos de fúria de viver
no entanto, fugirei de casa sempre que for preciso
sem arrependimento, atravessarei o tempo medonho dos objectos que tocaste
e possuirei de novo o fulgor dos teus frescos dezassete anos
(quase noite, amo)
domingo, 6 de janeiro de 2013
"Consola-me esta paixão: aos fins de semana vens ver-me. Falamos, olhamos um para o outro. E quase temos vontade de precipitarmos os corpos para fora das palavras. Para fora do tempo que nos cerca, para fora do crepúsculo que nos surpreende, para fora de nós mesmos, para fora...
E calamo-nos. Bebemos chá, apetece-me olhar-te de novo. E o fim de semana escoou-se sem darmos por isso. Ouvimos discos. Bebemos chá. Escutamos o surdo anoitecer sobre o mar. Os barcos partem, tu também.
É então que as palavras te substituem, este vício maldito e escreve freneticamente aquilo que não consegui dizer-te e dizer-me.
Al berto,
Diários, Assirio & Alvim
E calamo-nos. Bebemos chá, apetece-me olhar-te de novo. E o fim de semana escoou-se sem darmos por isso. Ouvimos discos. Bebemos chá. Escutamos o surdo anoitecer sobre o mar. Os barcos partem, tu também.
É então que as palavras te substituem, este vício maldito e escreve freneticamente aquilo que não consegui dizer-te e dizer-me.
Al berto,
Diários, Assirio & Alvim
sábado, 5 de janeiro de 2013
O que significa uma só imagem, quando a fazemos cedo demais? Devia-se esperar e acumular sentido e doçura durante toda a vida e se possível durante uma longa vida, e então só no fim, talvez se pudesse fazer uma boa imagem. Porque estas não são, como as gentes pensam, sentimentos (esses têm-se cedo bastante), – são experiências. Por amor delas têm que se ver muitas cidades, homens e coisas, têm que se conhecer os animais, tem que se sentir como as aves voam e saber o gesto com que as flores se abrem se abrem pela manhã. É preciso poder tornar a pensar em caminhos, em regiões desconhecidas, em encontros inesperados e despedidas que se viram vir de longe, – em dias de infância ainda não esclarecidos, nos pais que tivemos de magoar quando nos traziam uma alegria e nós a não compreendemos (era uma alegria para outro –), em doenças de infância que começam de maneira estranha com tantas transformações profundas e graves, em dias passados em quartos calmos e recolhidos e em manhãs à beira-mar, no próprio mar, em mares, em noites de viagem que passaram sussurrando alto e voaram com todos os astros, – e ainda não é bastante poder pensar em tudo isto. É preciso ter a recordação de muitas noites de amor, das quais nenhuma foi igual a outra, de gritos de mulheres no parto e de parturientes leves, brancas e adormecidas que se fecham. Mas é também preciso ter estado ao pé de moribundos ter ficado sentado ao pé de mortos no quarto com a janela aberta e os ruídos que vinham por acessos, E também não é bastante ter recordações. É preciso saber esquecê-las quando são muitas, e é preciso ter a grande paciência de esperar que elas regressem. Pois que as recordações mesmas ainda não são o que é preciso. Só quando elas se fazem sangue em nós, olhar e gesto, quando já não têm nome e já se não distinguem de nós mesmos, só então é que pode acontecer que, numa hora muito rara, do meio delas surja uma primeira imagem, Rita.
Escrito por Jorge Gil, em Jan 2013
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