"Quantas pessoas caminham na minha direcção?
Quantas me descobrem por entre a multidão
e pousam os seus olhos? Podia acreditar
que entre elas está o homem que trocaria comigo
os dedos sobre a mesa, uma palavra que fosse gomo de laranja
e poema, o corpo aceso
sob o lençol cansado de mais um dia.
Mas quantos destes rostos de pedra que me cercam
escodem o seu pelas ruas desta tarde? Quantos nomes de acaso e de silêncio
terei eu de escutar para descobrir o seu no meu ouvido? Quantas pessoas
caminham contra mim?"
Maria do Rosário Pedreira
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
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