A memória dos meus mortos é mais viva do que quando lhes telefonava. Podia fazê-lo mas muitas vezes não o fazia, ficava para depois, ficou tantas vezes para depois. Quase todos os que existiam antes de eu existir foram-se ausentando. Pais, avós, tia que me amparou, alguns amigos, mais gente do que a conta. Estão agora aqui. Mais vivos do que antes. Em cada recanto do que sou, em cada divisão de uma casa interior cada vez mais composta. Ainda hoje lhes levei flores.
domingo, 20 de novembro de 2016
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