Uma segunda feira primeira de Agosto, na pele que nem Blue Monday. Uma Lisboa sem saborosa. Com falta de gás. As bolhas já não respiram nos copos. Agora raros, e os que se encontram não se tocam. Desconfiados não se erguem a festejar semelhante atrevimento nem na socapa. Os mortos pesam sempre mais que os números de verdade. O ábaco interno não falha. Lis, entre travessas, que boa ficou pela primeira vez tanto para os resistentes como para os medrosos. As ruas vazias de carros e de gente, mas o olho aberto no choque em cadeia aleatório do que resta fora nada. Os relógios descompassados, entre encontros, desencontros, rapidinhas e prolongamentos. A vida, que é uma caixa fora da caixa sempre surpreendente. E mesmo sem gás, vai com pilha ou bateria sobresselente. Vai com tudo, que a energia é renovável e se transforma. E o gerador interno um contra-corrente.
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
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