Tal como o Ivo Canelas, toda a minha vida fiz listas.
As minhas no geral eram listas de coisas para fazer, dos filmes para ver, do que comprar, dos livros para ler, dos restaurantes a ir, do melhor creme assim que possível, do café a visitar em Madrid,...
Caderninhos e folhas soltas rabiscados de coisas para um dia.
E SEMPRE, cada dia, quis sentir que estava a realizar uma das coisas das listas e a fazer algo que nunca tinha feito. Tenho essa sede, talvez por ter nascido no interior, onde certas coisas demoram a chegar, mas não necessariamente as melhores, senti essa curiosidade e vontade de conhecer o mais que podia.
Recordo a primeira vez que bebi uma coca-cola. Ou fui a um Mac (não resultou e fiquei pela apple - pie).
O meu olho continua a ser aberto e encantado com o novo.
Quando o mundo fechou dei graças por sentir que cada dia da minha vida foi vivido de forma intensa, sem me esquecer das coisas da lista. No entretanto, papel e caneta ainda não faltam. Enquanto viva a lista cresce a par com a curiosidade.
Percebi desde muito cedo que a ampulheta está a contar.
E sigo caminho ainda que.
A arte de viver, foi sempre a minha deixa.
P.s. - ASAP, vão ver a peça de Teatro do Ivo Canelas, Todas as coisas maravilhosas
Sem comentários:
Enviar um comentário