De visita à Aldeia,
lembro - me sempre daquele poema do Manuel da Fonseca,
ALDEIA
Nove casas,
duas ruas,
ao meio das ruas
um largo,
ao meio do largo
um poço de água fria.
Tudo isto tão parado
e o céu tão baixo
que quando alguém grita para longe
um nome familiar
se assustam pombos bravos
e acordam ecos no descampado.
Manuel da Fonseca
Ainda assim não despertou a professora que o Sr. Domingos conta que para aqui veio descansar, e disse:
- Esqueci-me de acordar.
Será porque aqui o tempo parou.
Casas de pedra, em torno de uma única rua.
O som das galinhas e do vento a roçar nas azinheiras.
Ensino a Carminho que viver também é quebrar regras e a usar o baloiço só para hospedes.
Aproveito o balanço e vou também no Baloiço e no Balancé.
Outra vez criança.
O ar na cara, arejo,
que gaiolas citadinas apodrecem o corpo e tolhem o espirito.
O azul do céu no verde da eira,
Curada.
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