Nas alturas mais complicadas da minha vida escrevo os melhores capítulos.

Não há passos perdidos.


quinta-feira, 18 de março de 2021

Cara ou coroa

Saudades, de ouvir a leveza de um jazz numa tarde a entrar de noite num recanto de Lisboa.

É o meu pensamento num entardecer dum Março covídico à saída da consulta de medicina do trabalho.

Não fiquei transtornada com a sentença da balança, dois dígitos a mais. Tanto que resolvi ir lanchar. Corri duas pastelarias com nomes franceses e nada. Montras com ar de ontem. Para pecar que seja a valer a pena.

Salva por ser esquisita. (Hoje era mesmo um croissant de amêndoas)

Tenho dias, e horas e dentro das horas minutos.

Sei o que quero. Nunca existe. A desgraça é minha.

Bebo um vinho que diz que é biológico mas que não me deixa recordações. 

Falta-lhe corpo.

E não é das caras que se vive.

Nem tirando a moeda ao ar.

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