Nas alturas mais complicadas da minha vida escrevo os melhores capítulos.

Não há passos perdidos.


sábado, 3 de abril de 2021

...entre vizinhos e tónicas, mas quanto ao que eu tinha pedido nada!

Isto está tudo sincronizado, os dois filmes que comecei a ver hoje começam com passarinhos nas gaiolas. 

Tal como me sinto. E nem é dourada. 

Aqui estamos cada um na sua. Em espera.

Na gaiola debaixo a vizinha grita aos berros GOLLLLOOOOOOO!!! E defende os penaltis e o que deveria ser e não foi. Só não joga à bola, mesmo sem querer, não tenho outro remédio senão ficar a par de como rola o Benfica.

Fora das gaiolas já se ouvem alguns jovens no jardim em risotas adolescentes. Dá-me a tónica de volta à normalidade. Perdoo as parvoíces. Eu também queria ter e já não tenho.

Estou é a ver o caso mal parado com a nova cadela do vizinho que no seu roupão xadrez castanho, chinela trôpego pelo bairro a todas as horas do dia e da noite. Dá-me a tónica do meu mau feitio e instintos submersos da mulher que um dia mordeu o cão e o dono, sim fui eu. 

E quanto à tónica que preciso para o Gin de fim de tarde já era, depois de ter feito a revista completa ao frigorífico que clama ordem. A minha saudosa Cátia com a depressão nunca mais voltou. E eu é sempre para amanhã. Oh! Logo amanhã,...

Amanhã vou esticar as pernas. Ver se me dá o ar. Respirar fundo! Tentar andar direita de uma vez por todas, mesmo com a tremenda força da gravidade que com toda a naturalidade manda mais do que eu.

Nunca consegui ser a melhor aluna de Ioga, mesmo com a infinita paciência dos mestres, mas ser a pior nada custou. De qualquer modo ainda retenho ensinamentos. E as posturas são as do riso. 

Não precisamos de ser mais ninguém do que nós próprios.

Apenas os melhores a enterrar os phones nos ouvidos!

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