Nas alturas mais complicadas da minha vida escrevo os melhores capítulos.

Não há passos perdidos.


quarta-feira, 18 de março de 2020

A Natureza, e as dedadas do Covid 2020

Cheirei um manjericão, confere que ainda é um manjericão
deu-me a certeza de que,
afinal nem tudo muda.
a natureza entregue a si própria até vai agradecer
e crescerá independente das nossas tosses ou vontades.
Em tempo de castigo humano
aproveitará para renascer,
os rios mais limpos
os peixes terão mais tempo de crescer
o ar mais puro
os cheiros na sua essência
o som é agora feito de silêncio na sua maioria
de vez em quando uma mota ao longe
aviões raros
carros parados
pena o Sr das tesouras a anunciar chuva, que virá sem ele em Abril
mas sobram os passarinhos que andavam escassos e era preciso ir ao Alentejo para dar com eles.

Desfoquem de engolir o supermercado adquirido de arrombo
que isto... até esse dia sabe Deus Maria com quem casará teu pai!
é apreender a gerir...é fazer as contas como diz o outro
nem que volte tudo para a carteira da escola apreender o conceito do finito
faz de conta que temos tempo para passar tanto erro a limpo.

Temo as orgias do desejo contido, quando a imposição passar
vão ser desforras em overdose
mas o mundo tarde ou cedo cobra e busca o equilíbrio
a via do meio, que pelos excessos, que pelos extremos globais demorará a alinhar a sua ordem
e agora é treinar a mente no foco positivo
ver a luz na sombra
as formas das forças complementares
o mundo dinâmico
as mudanças que ocorrem sem dó de nós
aproveitemos, que aconteça o que acontecer…como diria um certo antigo passageiro à época mas sempre aplicativo e intemporal:

Perguntado sobre qual seria o futuro de Portugal no contexto da actual crise, o Professor José Hermano Saraiva respondeu, após uma curta reflexão, de forma convicta e patrioticamente afirmativa: « Qualquer que seja o futuro, continuará a haver as noites de luar, Serra de Sintra e o Tejo a correr para o mar

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